• 27 / Março / 2019

Se você é tão esperto, porque não é rico? A resposta da ciência

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Em algum momento da sua vida, talvez você tenha se perguntado porque ainda não ficou milionário (apesar de ser inteligente e trabalhar duro).

Alguns estudos científicos trazem uma resposta possível para essa dúvida cruel.



O artigo “Talento VS Sorte: o papel do acaso no sucesso e fracasso”(TALENT VERSUS LUCK: THE ROLE OF RANDOMNESS IN SUCCESS AND FAILURE), publicado em 2018, apresenta uma análise interessante. O primeiro ponto que precisamos entender é o contexto do sucesso e fracasso.


É fato que a distribuição de riqueza no mundo segue uma proporção de 80/20. A clássica Lei de Pareto.


Isso significa que 80% de toda a riqueza do mundo está na mão de só 20% das pessoas. Porque afinal isso acontece?


É fácil pensar que isso acontece pela meritocracia: alguns estudam mais, tem mais talento ou inteligência, trabalham mais e por isso ganham mais.


Mas a verdade é que a história não é bem assim.


Até porque, se você pensar bem, todos temos 24hs. Então é claro que algumas pessoas trabalham mais horas do que outras: mas ninguém consegue trabalhar 1 milhão de vezes mais do que qualquer outra pessoa. A mesma coisa acontece com a inteligência, o QI. Ninguém pode ter um QI um milhão de vezes superior a qualquer outro ser humano.


Assim, os pesquisadores se propuseram a identificar se o acaso, a sorte, tem um papel importante na distribuição de riqueza. Será que é tudo questão de sorte? E se for, o que fazer?


O estudo analisou um grupo de pessoas por quarenta anos, e concluiu o seguinte: classificando os indivíduos por riqueza, a distribuição é exatamente o 80-20. 80% pessoas com apenas 20% da riqueza total. No entanto, há também imprevistos que aumentam a riqueza dos mais favorecidos — e esses eventos ocorrem aleatoriamente. É sorte.


"É evidente que as pessoas mais bem-sucedidas são também as mais sortudas", afirmam os pesquisadores italianos, ao artigo do MIT. "E os profissionais com menos sucesso são também os mais azarados."


Aí você poderia pensar, “muito bem Jean, que droga”. Sim, de fato é meio decepcionante, mas sabendo disso você pode adotar algumas estratégias.


Pensa comigo: o que é sorte?


Eu poderia definir sorte como “estar no lugar certo, na hora certa”. Concorda comigo? Isso é sorte.


Então o que você pode fazer para “estar no lugar certo" (considerando que você não sabe qual é o "lugar certo”), na "hora certa" (considerando que você também não sabe qual é a "hora certa")?


Se expondo ao máximo de oportunidades possível.


Essa é a lógica. No Marketing chamamos isso de: Alcance.


Quanto mais pessoas ouvirem falar de você, entenderem o que você faz e o que você quer - maior é a chance de alguém aparecer com uma oportunidade certa, na hora certa para você.


Você precisa se expor ao máximo de eventos de sorte possível.


E a internet é excelente para isso. Quanto mais forte for o seu marketing pessoal nas redes sociais, (quanto mais seguidores você tiver, quanto mais você postar) você está aumentando as suas chances de ser atingido por um golpe de sorte.


Se você não posta nada, se você não impulsiona nenhum post, se você não investe em alcance, é pouco provável que você esteja na hora certa e no lugar certo. E estudos científicos provam isso.


Mas é claro que a sorte não é tudo.


Outro estudo (What grades and achievement tests measure), publicado na revista oficial da Academia Nacional de Ciências dos EUA, em 2016, que tem como um dos autores o ganhador do prêmio Nobel de Economia, James Heckman, descobriu que o sucesso financeiro está correlacionado com a chamada conscienciosidade, uma característica da personalidade marcada pela perseverança e pela disciplina.


Os pesquisadores examinaram pontuações de QI, resultados de testes e avaliações de personalidade de milhares de pessoas no Reino Unido, nos EUA e na Holanda. Os dados analisados vêm de décadas de acompanhamento das pessoas: monitorando renda, registros criminais, índice de massa corporal e até a satisfação com a vida que essas pessoas diziam ter ao longo do tempo.


O que os pesquisadores descobriram foi o seguinte: a inteligência não é tão importante quanto as “habilidades não cognitivas” como como perseverança, bons hábitos de estudo e a capacidade de colaborar, ou seja conscienciosidade.


Pensamentos finais


O sucesso depende não apenas da capacidade nata, mas também de habilidades que podem ser ensinadas.


Algumas características comuns nas pessoas de sucesso: ser aberto e estar aberto ao novo. Ter vontade de aprender mais. E ser perseverante - não desistir diante dos primeiros obstáculos. Buscar soluções.


É aquela história: menos inspiração e mais transpiração.

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